sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

When The Sun Gows Down - Capítulo 16 - Trapped

E então ele interrompeu a canção porquê já não conseguia conter seus soluços. Meu coração estava partido em mil pedacinhos e eu só precisava vê-lo bem. Eu não sabia nem como, nem porquê eu estava me sentindo assim, mas antes que eu me desse conta do que estava realmente fazendo, eu já estava abraçada a ele. Eu estava abraçada ao garoto que eu mais odiava no mundo.
E aquilo era ótimo.

Capítulo 16 - Trapped

 P.O.V Carina

 Nossos troncos estavam grudados em um abraço apertado. Sua respiração estava descompassada e eu podia até mesmo sentir as batidas rápidas de seu coração.

- Essa música... ahn, ela é linda. - Disse tentando sorrir confortadora.
- Obrigado. - Ele partiu o abraço e pude olhar em seus olhos mel que estavam vermelhos, mas ainda sim mais brilhantes que o normal, devido as lágrimas. - O que você... está fazendo aqui? - Perguntou quando já tomamos uma distância segura um do outro. Ele estava com as mãos no bolço de sua calça de moletom e eu com as mãos entrelaçadas na frente do corpo. "O que você está fazendo aqui?"
O que eu estava fazendo ali?
Por que?
A troco de quê?

Gelei.

- E-eu... eu não sei. - Respondi.

É isso. Eu não sabia.

O silêncio extremamente incômodo que prevaleceu naquela sala só era preenchido pelas fungadas que um de nós dava. Eu olhava pra meus pés enquanto Justin... bom, eu não tinha coragem suficiente para encara-lo e ver o que ele fazia. O desconforto entre nós era evidente.
Por que diabos eu fui abraça-lo do nada? E agora?

- De quem é essa música? - Perguntei timidamente.
- Essa? Ahn, a que eu tava tocando?
- "Claro que sim, idiota. Qual mais seria?" - Pensei em responder, mas me contentei com só um "Sim".
- Quanto você ouviu? - Ele perguntou.
- Não sei, acho que... bastante. - E então o garoto mudou rapidamente o semblante triste para um intimidador.
- Não. - Disse firme depois de respirar fundo. - Você não ouviu, muito menos viu nada, entendeu? Eu disse nada. - Eu abri e fechei a boca algumas vezes sem saber o que fazer. Qual é, há cinco minutos esse garoto estava chorando, e eu estava o amparando! Respirei fundo. Eu estava curiosa sobre o que aconteceu. Muito. Primeiro ele aparece quase comendo uma garota que ele nem sabe o nome e depois vem com uma canção de amor que até ME fez chorar? Ah, sem contar que ele tava namorando, né. Qual era a dele afinal?
- Bieber... pra quem você fez essa música? Eu quero dizer, hoje você trouxe uma... - Ele me interrompeu.
- POR QUE VOCÊ QUER SABER? - Ele elevou seu tom de voz. - Você não precisa saber de nada! - Disse pausadamente. - Vai embora! - Soltei o ar pela boca incrédula.
- SEU ESTÚPIDO! EU ESTAVA AQUI TE AJUDANDO E VOCÊ VEM FALANDO ASSIM! POR QUE EU VIM PRA CÁ HEIN? POR QUÊ? SOU UMA RETARDADA MESMO, PORQUÊ VOCÊ NÃO TEM SALVAÇÃO. EU SÓ QUERIA TE AJUDAR!
- Eu não preciso da sua ajuda. - Ele disse entredentes.
- Você não merece a minha ajuda. Nem a ajuda de ninguém. - Disse saindo de lá com passos rápidos, batendo forte a porta, mas guardando na memória o olhar vazio de Bieber quando me ouviu dizer aquilo.

[...]

- ACORDA CARALHO! - Eu despertei com uma voz gritando. É, eu tinha dormido. Dormido agarrada com um pode de sorvete de flocos que eu peguei na cozinha após minha discuçãozinha básica com o... BIEBER!
COMO ELE TEVE A CARA DE PAU DE ENTRAR NO MEU QUARTO?
- O QUE VOCÊ TÁ FAZENDO AQUI? - Tentei falar o mais alto possível, o que não deu muito certo, constando que eu acabei de acordar.
- SE ARRUMA, A GENTE TÁ ATRASADO, OU VOCÊ QUER FAZER MAIS E MAIS SESSÕES DE TERAPIA??
- Hã? O que você tá fal...
- POR QUE VOCÊ NÃO OLHOU A MENSAGEM QUE A MINHA MÃE TE MANDOU?? EU NÃO QUERO SOFRER AS "CONSEQUÊNCIAS"!
MERDA. Eu tinha esquecido completamente. A terapia.
- Que horas são? - Perguntei pulando da cama.
- Já passou do horário, mas é pra irmos mesmo assim.
- TÁ, TCHAU! - Eu disse expulsando-o do quarto.
Que droga.
Joguei uma água no corpo e me vesti. Passei um rímel, um gloss, fiz um rabo de cavalo - sim, estava com preguiça de penteá-lo - e estava pronta. Só pra avisar, eu não disse que estava bonita, sim pronta.
Desci e Bieber estava amarrando o cadarço de seu tênis com estampa de tigre. É sério, o que leva uma pessoa a usar um tênis daquele na rua?

- Me passa o endereço do lugar por mensagem. - Ele falou. - Já to indo.
- Como assim? Você não vai me... - Não terminei de falar. Ele não ia me levar também?
- Eu não vou...? - Disse fazendo menção para que eu completasse a frase.
- Esquece, tá bem? - Disse negativando com a cabeça. Será possível que ele seria tão egoísta? Quer dizer, se nós estamos no mesmo lugar e vamos ao mesmo lugar, é a coisa mais natural do mundo, que, já que ele está de carro, me leve, certo? Mas não.
Ele é o Justin Bieber.
Por que levaria uma simples plebéia como eu em seu carro?
Haha. Nunca.
- Me passa o endereço agora. - Ele pediu e eu tirei meu celular, que estava no silencioso, da bolsa e a última mensagem era de Patricia me enviando o endereço do local.
- Eu não tenho seu número. - Disse a Justin que estava com seu iPhone branco em mãos. Ele olhou pro meu telefone e tentou segurar a risada em vão. Alguém explica pra ele que eu não sou como ele, não nasci rica e não tenho, nem nunca tive tudo o que eu quero? Grata.
- Escuta bem. - Justin começou a dizer com o tom mais intimidador possível. - Eu vou te dar o meu número, mas você nunca, em hipótese alguma pode da-lo para alguém, ouviu? Uma colega, amiga, sei lá. Ninguém. - Ele frisou e eu o olhei com cara de "se enxerga" [n/a: KKKKKKKKKKKKKKKKKKKK pfvr esse gif resume tdd <3333333]
Me deu o número de seu telefone e eu encaminhei a mensagem para ele, que saiu sem dizer "tchau". (Ou, perguntar se eu queria carona.)

"Sua retardada! Como você vai fazer agora pra chegar lá? Por que você não pediu pra ir com ele?"
Pelo simples motivo que eu não quero me humilhar para pedir nada para aquele garoto. Se eu pudesse nunca mais olhar para ele seria melhor.
Mas aí eu lembro que ele dorme no quarto ao lado.

Peguei o notebook que estava ligado numa mesinha da sala joguei o endereço da clínica no GPS que me mostraria qual seria o melhor jeito de chegar lá. Teria a opção de ir de carro, de transporte público, a pé, ou de bicicleta. Bom, não poderia ir de carro, muito menos de bicicleta. Pelo que eu estava vendo, era longe demais para ir a pé e eu não tinha dinheiro o suficiente para ir de taxi, então me restaria o transporte público. Entre ônibus e metrô, a segunda opção era muito mais rápida. Logo teria que andar até o ponto de ônibus que não ficava muito longe dali, comprar o one day pass, que me dá direito a usar metrô, trem e ônibus livremente durante um dia e saltar exatamente no lugar que eu teria que pegar o metrô.
E lá fui eu, andei sete minutos contados no relógio até o ponto e esperei uns cinco até o ônibus chegar.
Aquela cidade era estranha.
Ou pelo menos eu era estranha ali.
Eu não via muito transporte público por ali, a maioria da população andava exclusivamente de carro, o que explica o porquê de toda a poluição que falam, mas eu não sei, era mais que isso. Era mais do que olhar pela janela e ver tanta diferença. Ali não era meu lugar, não era meu lar.
Foi com mesmo pensamento, finalmente, entrei no metrô que me deixaria em frente ao prédio onde a terapeuta atenderia.
(...)
No momento estou atravessando a rua para chegar ao tal prédio. Se é realmente esse, é grande demais, e eu não to falando na altura, sim na largura. É difícil achar construções assim hoje em dia. Eu quero dizer, tudo cresce pra cima. Sempre.
Enfim cheguei na portaria do prédio e atrás de uma grande bancada de madeira, um porteiro dormia em coma profundo. É sério, eu o chamei três vezes relativamente alto e nada de ele acordar. Teria que achar a sala sozinha.
E uau.
Uma parede inteira com os números e especialidades de todas as salas. Aquele lugar era realmente grande...
- O que você está procurando? - Uma voz masculina soou ao meu lado, me assustando.
- Ahn... é... - CARAMBA, ELE ERA BONITO!!!!! PIOR, ELE ERA BONITO E SE OFERECEU PRA ME AJUDAR, E E EU NÃO PODIA SIMPLESMENTE FALAR QUE VIM FAZER TERAPIA! ELE IA ACHAR QUE EU SOU DOIDA! - Uhn... uma terapeuta, você sabe... uhn... minha tia... Minha tia é amiga dessa terapeuta e eu virei garota de recados, - sorri - quero dizer, ela me pediu pra vir buscar alguma coisa que ela pediu. - Ri nervosa.
- Tem tantas terapeutas por aqui. - O gato de olhos azuis e uma barba rala por fazer riu. AI CÉUS, É MUITO PRO MEU CORAÇÃO! - Por acaso não é a Doutora Whindey, é?
- Isso! Whindey. Acho que é isso mesmo. - Lembrei de Patricia falando no quarto. Tentei sorrir em agradecimento para o gato ao meu lado.
- Ótimo então, ela é minha mãe! - Ele deu mais um sorriso encantador, mas aí eu entrei em pânico. QUE MERDA! Eu tinha mesmo que falar que a minha "tia" que nem existe é amiga dessa mulher, e eu vim buscar alguma coisa??????? SE ELE PERGUNTAR ALGO PARA A MÃE DELE, ALÉM DE MALUCA VAI ACHAR QUE EU SOU DESEQUILIBRADA.
- Sério? - Soltei o meu melhor sorriso falso. - Hm... nossa, agora que eu estou vendo! - Fiz-me de surpresa. - Que cabeça a minha, não é Dra. Whindey, - Disse após localizar o nome de uma outra terapeuta aleatória. - É Doutora Helena Tonilsy! Ah. - Me fingi de decepcionada.
- Poxa, que pena. - ELE DISSE "QUE PENA" VOCÊS OUVIRAM???????????????????????? SE ELE DISSE ISSO SIGNIFICA QUE ELE ESTÁ CHATEADO COM ISSO OU SEJA = SE INTERESSOU PELA MAMÃE AQUI!!!!!!!! Ou ele pode estar fazendo isso por plena educação. Pois é, o que vocês acham mais provável? É, eu deveria ir pro banheiro chorar. Ele era muito lindo pra ser verdade. Já basta o Josh na minha vida, um raio não cai duas vezes no mesmo lugar. Infelizmente. - Então você já achou a sua sala? - Ele perguntou e eu assenti sorrindo. - Pois então acho que meu trabalho aqui acabou. Desculpa pelo dorminhoco ali. - Apontou com a cabeça para a mesa que o porteiro dormia tranquilamente. - Ele toma alguns remédios que dão sono, todo dia é a mesma coisa nesse horário. - Nós dois rimos.
- Ahh, obrigada de qualquer forma, você vem sempre aqui? - Falei sem pensar e só depois das palavras saíram da minha boca, eu tive noção da merda que falei. Escondi meu rosto com as mãos e me curvei rindo, sendo acompanhada pelo gato que eu não sabia o nome. - Esquece o que eu acabei de dizer... - Disse ainda rindo. - Mas você entendeu.
- Ah, entendi. Entendi que você estava me cantando. - Disse divertido. - E você tem que ter algumas aulas.
- Ah é? Por quê? Minhas cantadas são boas o suficiente!
- A-ha! Então você admite que estava realmente me cantando?
- Uh, fui pega. - Falei em tom de brincadeira. - Mas sério, você vem frequêntemente para cá?
- Hum, eu não venho todo dia, mas venho o necessário, minha mãe trabalha aqui, então...
- Que ótimo. - sorri. - Sou Carina. - Estendi minha mão.
- Sou Zachary, mas prefiro Zac. Prazer. - Ele apertou. - Seu nome é diferente... Diferente de um jeito legal, só pra constar. - Ri.
- Pois é, vim morar aqui há pouco tempo.
- E você é de onde?
- Brasil. - Disse e ele arregalou os olhos.
- Brasil? Uau... Sempre quis visitar o Brasil. - Sorri sem graça.
- Você é daqui mesmo? - Perguntei.
- Daqui dos Estados Unidos, sim, mas sou natural de Washington.
- Ah, que legal, eu nunca visitei lá, me parece ser um lugar ótimo. - Ele sorriu assentindo, Oh gosh. - Você, como morador daqui e natural de lá vê muita diferença? - Perguntei inventando um assunto qualquer. A única coisa que eu não poderia fazer é deixar ele ir embora sem dar um beijo naquele pedaço de mal caminho. (Ok, posso ter exagerado um pouquinho.)
- Muita! Você não imagina! O tipo de pessoas, o comportamento, o clima, tudo! - Ele sorriu e eu passei olho pelo meu relógio de pulso.
- Ai, eu to muito atrasada! - Disse.
- Vai subir? - Ele perguntou caminhando até a porta do elevador.
- Vou sim. - Sorri e ele apertou o botão, logo o elevador com umas cinco pessoas parou no andar. Nos entrelhamos decidindo se iríamos nesse ou esperaríamos o outro.
- Vão entrar ou não? - Alguém perguntou lá de dentro. - Andem logo! - E assim o fizemos, nos apertando lá dentro, mesmo que o elevador fosse relativamente grande. Logo, em vez de o elevador subir, ele desceu para o subsolo, onde as seis - é, tinha uma criancinha que estava sendo praticamente engolida por tanta gente ao seu redor - pessoas desceram. E quando eu pensei que o elevador ia subir, ele desceu mais um andar até o estacionamento onde - para minha surpresa - Justin Bieber estava esperando para entrar. Ele arregalou os olhos por me ver, mas não falou nada. 
Eu havia andado até o ponto de ônibus, esperado, pegado o ônibus, ido até a estação de metrô, pegado o metrô, atravessado uma avenida, conversado com um gato e cheguei mais cedo que ele que foi de carro? Uau. Acho que é um novo recorde. 
Zac, se pudesse chama-lo assim, não pareceu notar a presença do querido pop star, para meu alívio.  
Ele estava encostado com as costas na parede direita do elevador, já eu estava de costas para o espelho, e Bieber fez o mesmo que Zac, que saiu de posição que estava, na parede oposta a dele.
- Vou ficar aqui mesmo, Carina. - Ele sorriu. - Tenho que pegar meu carro. Foi bom conhecer você. - Ele acenou com a cabeça enquanto andava de costas para fora do elevador e sorriu de canto, me fazendo querer agarra-lo ali mesmo.
- A gente se vê, Zac. - Falei retribuindo o sorriso.
- Isso se você aparecer aqui mais vezes. - Disse enquanto segurava a porta do elevador e eu não pude deixar de sorrir. Ouvi Bieber bufar. Ah, eu to falando com um super gato. Vá a merda, querido.
- Tchau então. - Ele revirou os olhos olhando para Justin e saiu depois do meu aceno. Apertei o botão do sétimo andar sem ainda olhar para o garoto ao meu lado que parecia apreensivo e nervoso.
- Quem era? - Justin perguntou quando o elevador começou a se movimentar.
- Um cara. - Respondi sem olhar para ele, que esfregava as mãos freneticamente.
- Ah, jura? - Perguntou bufando.
- Por que quer saber? Você não precisa saber de nada. - Repeti exatamente o que ele disse para mim hoje mais cedo quando tentei ajuda-lo. - Bufou mais uma vez, mas não falou nada. Até que as luzas começaram a piscar freneticamente.
- J-J-Justin? - Me pressionei contra a parede gélida do elevador. 
Inicialmente achei que poderia estar apenas numa daquelas pegadinhas da Menina-Fantasma, sabe? Mas quando o elevador realmente parou, eu fiquei com medo.
Uma vez, quando tinha oito anos, eu estava no prédio do meu primo me arrumando para ir a escola quando o transporte que me levaria para a aula chegou. Eric estava de cama, e tia Lizzie no banho, então eu desci sozinha de elevador, porém o mesmo deu curto e parou. Fiquei desesperada porque ninguém tinha percebido nada. A moça do transporte começou a ligar para a casa da tia Lizzie, que dizia que eu já tinha descido fazia tempo; elas me procuraram, mas não conseguiram me achar em lugar nenhum. Como eu não conseguia alcançar o botão de alarme, fiquei horas presa dentro daquele elevador.
- Ju-s-stin? - O chamei me escorando na parede até achar sua mão. Ele fazia a famosa respiração-cachorrinho. - V-V-V-ocê t-tá bem?
- Aham. - Ele respondeu num sussurro.
- Sério?
- NÃO CARINA, EU VOU MORRER! ME TIRA DAQUI! - Ele se desesperou, me fazendo ficar desesperada também.
- O que a gente vai fazer? O alarme. - Respondi para mim mesma e fui tentar encontrar o botão, estava tudo escuro.
- F-Faltou luz. Não funciona. - Justin falou, ainda respirando estranho.
- Me dá seu celular. - Falei tentando me acalmar. Ele tateou os bolsos e me entregou sem titubear. Varri o local com a luz fraca que o celular proporcionava.
- O interfone! - Respirei aliviada e liguei para a portaria. Quase cinco toques depois, o porteiro atendeu sonolento. Bombardearam Hiroshima e Nagasaki ele está dormindo. Como lidar?
- Ai meu Senhor, está tudo escuro! - Pude ouvi-lo falar para si mesmo. - A-Alô? Portaria.
- SIM, EU SEI QUE É DA PORTARIA! SE O SENHOR NÃO PERCEBEU, SOU EU QUE ESTOU LIGANDO PRA VOCÊ! E POR ACASO EU TO PRESA NO ELEVADOR!
- Calma senhora. Não se desespere e tome as medidas de segurança enquanto eu chamo ajuda.
- NÃO SE DESESPERE???? NÃO É VOCÊ QUE ESTÁ PRESA NUM ELEVADOR ESCURO!!!!
- A senhora está sozinha, certo?
- ERRADO.
- Então senhora,tome  as medidas básicas de segurança! Ahn... - Ele parecia estar tentando lembrar de algo. - Todos que estiverem presentes fiquem sentados de baixo da saída de ar, se ficarem em pé a necessidade de ar é maior. Um do lado do outro, por favor. Quantas pessoas estão junto com você?
- Uma.
- Ótimo, como eu disse fiquem sentados abaixo da saída de ar. E juntos, com respiração nivelada.
- E O QUE SERIA ISSO? - Perguntei já me desesperando.
- Eu quero dizer perto; juntos. Com nariz e boca niveladas. Recomendo que fiquem abraçadas.
- NÃO! - Protestei.
- É "ele"? Você não o conhece?
- M-Mais ou menos.
- Então fiquem pelo menos juntos, colados um no outro. Não se desesperem e não falem muito, vou chamar ajuda. Qualquer coisa é só tocar pra cá. Ocorreu um problema com o gerador. Fiquem calmos, já já tudo normaliza. - Ele disse calmamente e desligou. SE ELE ESTÁ TÃO CALMO, POR QUÊ NÃO VEM AQUI E TROCA DE LUGAR COMIGO? Ótimo.
- Você ouviu o que ele disse né? - Perguntei a Justin que assentiu rapidamente com os olhos arregalados.
- Debaixo da saída de ar. Sem falar muito. Respiração nivelada. - Eu repeti mais para mim do que para ele.
Justin Bieber se encontrava em estado de choque, e aquilo era assustador. Ele não movia um músculo e respirava estranho. Eu não estaria diferente se meus instintos protetores não estivessem aguçados. Eu já me encontrava sentada abaixo da saída de ar, mas Bieber continuava parado. Tive que me levantar para pega-lo pela mão e traze-lo para ficar junto a mim. Ele não se movia ou esboçava reação. Não estávamos juntos, na verdade estávamos em uma distância considerável um do outro, mas mesmo assim pude notar quando ele começou a chorar compulsivamente. Não tive outra reação, se não puxa-lo para mais um abraço, agora sabendo que ele me xingaria depois disso, mas foi inevitável. Maldido instinto.
Era sempre assim, eu só não podia ver as pessoas mal e com medo que eu tinha a necessidade de passar segurança, proteção. Eu tinha a necessidade de cuidar das pessoas, porquê eu aprendi na marra a fazer isso sozinha. A ser independente. Não porquê eu quis. Não porquê eu escolhi isso. Eu nunca tive escolha. Eu tinha a necessidade de cuidar das pessoas pois ninguém mais que eu sabia como não ter ninguém para te proteger, para te manter segura, era desesperador. Eu mais do que ninguém sabia como era horrível a sensação de não ter ninguém para te pegar quando você caí.


- Continua -

Hmmm, to fazendo capítulos que eu não to gostando muito, principalmente pq eu demorei a postar. Adivinhem que a anta aqui "perdeu" mais da metade do capítulo. Tentei refazer, mas deu ruim :(
Anyway, capítulo que vem tem POV Justin pra vocês entenderem tudo ;)
Ah, e aconteceu umas coisas ruins comigo... uma das minhas melhores amigas mudou de escola, já falei pra você. E ~sinto~ que vou ser substituída. EMBORA ela negue, prevejo que isso vai não demorar a acontecer. Sempre acontece D:
Ah, e curtiram lolly?
Eu não '-'
Aquilo não é uma música digna de ser dele, vocês entendem? Eu não tenho orgulho de ouvir, nem de mostrar para as pessoas que eu estou ouvindo. Acho vergonhoso um artista como ele fazer uma música desse tipo. Mas tirando a letra, ele "rapping" é a minha vida ❤❤❤❤❤❤❤ haha.
 E O QUE ACHARAM DO ZAC, HEIN HEIN... to apx hahahahha e pfvr, só pra contar, eu sei que o zac tem 25 atualmente, MAS eu coloquei a foto de 2009 onde ele tinha 21/22. e ele tem que ser mais velho mesmo, façam suas apostas! hehehe
Vou responder os coments dos dois últimos capítulos ;)
[atualizado 08/02 11:42]
Gente, eu ia postar ontem, tava tudo pronto, tudinho revisado etc etc, MAS não deu tempo de responder os comentários, então só to postando agora :(

- Comentários -

Máh .  Cara, eu ainda to com vergonha por ter te chamado de mayara, ok '-' sdsdsdsd anyway, esse meu amigo é só meu amigo mesmo HAHAHA Meu facebook é esse aqui (se liga na minha foto sensual) sdasdsd e meu tumblr é esse aqui. Enfim, vai pro 9º tb? UHAUHAUHAUAH bate o// como tá sendo? as minhas aulas só voltam depois do carnaval *weeeeee* haha

Anne Belieber mano, seus comentários são tão a+ HAHAHAHA
Não acredito que você quebrou o dedo :( KKKK Eu só ~quebrei~ (que nem foi exatamente quebrar, foi pior sdasd) uma única vez, meu pé. Foi numa cama-elástica ainda hahahahaha. eu fiquei uma semana com o gesso, saí com o gesso, fui pra shopping com o gesso, pra cinema... quando eu cheguei pra tira-lo, o médio olhou pro gesso e ficou tipo wtf pq o negócio tava todo preto de sujo dfasfadfdsf DETALHE: eu tirei o gesso no dia do meu aniversário
então quer dizer que você é loira? humpf sou morena com orgulho, MAS eu era loirinha quando criança hahahaha vou te contar a históra da minha metamorfose... Era uma vez *olha pra cima onde começa um flashback*
não, zoeira sdfasdfadsf
eu nasci extremamente branca e loirinha...Meu cabelo começou a crescer e ler cachinhos nas pontas... aho que sso tb se deve a que eu ia pra praia todo o santo dia... acho que eu continuei com meu cabelo loirinho só até os quatro, cinco anos, que foi quando eu me mudei (pra onde eu moro até hoje) e então meu cabelo começou a alisar MUITO e a escurecer PRA CACETE. Meu cabelo ficou muito liso like a índia, e de um marrom bem escuro (EU ERA LINDA PFVR), aí meu cabelo começou a engrossar, mas ainda sim extremamente liso e escuro (pfto p mim <3333), ATÉ QUE ELE COMEÇOU A CLAREAR E A CACHEAR!!!!!!!! E EU TO MORRENDO COM ISSO, PQ MEU CABELO TEM CACHOS NAS PONTAS!! *chorando*
resumindo: meu cabelo tá uma bosta comparado ao que era, é.
Você gosta do seu cabelo? Então eu te intendo no quesito sofrer pra cortar. :(( eu chegava a chorar quando via meu cabelo caindo no chão (o que não acontece mais pq, repetindo, ele tá uma bosta.) Mas pra mim ele tá num comprimento ótimo agora sdasdsf

enfim, eu já te segui lá no twitter e vou falar com você <33333 

Grazi Bieber ISSO DE ATUALIZAR A PÁG ANTES DE ENVIAR O COMENTÁRIO ACONTECE MUUUUUUUUUUUUUUITO COMIGO *VONTADE DE ME MATAR*
E NÃO! A terapia não vai dar certo sfasdfdsfasdfdfadf já viu que nem começou e já deu merda né HAHAH mas só digo que o gatíssimo Zac vai dar impulso para nossa Carina gostar dessa terapia hehehehe
veio o suc suc com a ruiva, mas não veio com a carina poxa HAHAHAHAHHAHA

Jujuba QUE LINDAAAAAAA! obrigada!
conmo eu ainda vou pro 9º, eu quero fazer meu ensino médio num colégio federal, então eu tb já tenho que decidir o que fazer por causa do curso técnico e tal, mas admito que eu to MORRENDO de medo. Si lá, eu tenho que escolher alguma coisa pra me especializar para a vida inteira, isso é estranho... me dá um frio na barrida de pensar que "eu to crescendo". :s 
mas falando na fic, eu to aprendendo a ser o mais fria possível, ou pelo menos não demontrar tanta fraqueza....... ai tem a parte do suc suc (ai ai Duda Shaefer hahahah) Eu acho que eu consigo até escrever pq eu leio muitas fics... então dá pra imaginar HAHAHAHAH mas mesmo assim, morro de vergonha pq algum conhecido meu pode achar esse blog e tudo mais KKKKKKK mas vou me esforçar!

Juliana Rocha JUUU, as minhas tb começam dia 18 *chorando* KKKKKK esse ano pelo menos eu vou ter mais amigos, eu te falei da treta que teve, que eu estudava de manhã (no caso, ano retrasado) dai como minha mãe fez a matricula atrasado, eu não pude ficar na turma deles, e eu estudei com as minhas amigas A MINHA VIDA INTEIRA, só o ano passado que não :( aí tá. eu fui amigos nesse ano e convenci alguns a irem pra manhã comigo, só que uma das minhas melhores amigas muda de escola. daora a vida pq ela vai fazer novos amiguinhos e me esquecer, hehe.
E sobre o corpo...
KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK MANO, É EXATAMENTE ISSO!!!!!!! só que eu não tenhi cintura nehuma, sou completamente reta, e a única coisa que eu tenho um pouco mais tb são os peitos - me processem, não gosto de falar seio, e estranho e sofisticado dms UAHUHAUHAUHAHA - E eu nunca fui beijada na chuva não :( *chorando*
*agora sobre o capítulo 15*
 O mistério de como-o-rodirigo-ficou-rico vai demorar um pouco mais para ser desvendado... antes a história do passado da carina tem que ser desvendada completamente MUAHAHAH só digo que isso vai fazer a Carina ficar ainda com mais raiva do pai dela hehehehe.
E tudo que envolve o Bieber e a Carina ainda não entendeu vai ser mostrado no próximo capítulo, que eu já to fazendo, vai ter Point Of View Justin hahahah
E você é bem observadora, pq ninguém percebeu a parada da casa ainda tsc tsc LOL
Sobre a selena, nunca tive nada a favor dela, mas não a odeio nem nada. pra mim, se ela tivesse cuidando do justin, o fazendo feliz, está tudo bem. Se ele tá bem, eu tb to. Além do mais, ele tá passando por momentos muito difíceis agora e o que ele mais precisa é de alguém ao lado dele. Alguém que não o julgue, mas que procure entender o que ele tá passando e mosre o camino certo pra ele. Se no momento que ele mais precisou, ela o deixou, quer dizer que ela não o ama de verdade, então.........

Mas não fica #xatiada não, a Maria Clara com muito ninja pq eu tinha acabado de postar, tive que me arrumar pra sair, e quando eu atualizei a página depois de me arrumar, ela tinha comentando hahahhaha

Maria Clara pfvr eu lembro sim!!!! como esquecer alguém que coloca o sobre nome de sem sobrenome?? hahaha. e desculpinha, é que eu tava super atrasada e não deu pra avisar quando eu postei, PORÉM eu avisei depois (você tinha até comentado quando eu te avisei, mas whatever. sdasdsdasdf VOCÊ FOI NINJA DEMAISSSSSSSSS
que bom que você gostou cara, bjsssss :)


Imagine Belieber QUE LINDAAAAAA obrigdada mesmo!! mais um capítulo pra você ;)))


*amanda * você chorou tb? awwwwwwww, que amor<3 dasdasd essa música faz qualquer um chorar :')


Geek Girls ÓBVIO que pode hahahahha adorei LU! Eu tenho tantos apelidos cara, mas cada um me chama de um jeito lol


Duda Schaefer DUDA, VOCÊ FOI ELEITA A LEITORA MAIS TARADA, PARABENSSSSSSSS!! hahah todo mundo fala de você e seu famoso suc suc UHAUHAUHAUHA to pensando sériamente em fazer um capítulo em sua homenagem... você sabe... heheheheh.


  


sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

When The Sun Goes Down - Capítulo 15 - Surprises


- Eu te odeio, Bieber.
- Não tanto quanto eu. - Sorriu sínico. - Além do mais... belo casaco Carina. - Naquele momento eu não sabia se enfiava minha cabeça num buraco ou o xingava. Como não tinha nenhum buraco ali, optei pela segunda opção.
- Você é um filho da... - E antes que eu pudesse terminar a frase, ele fechou a porta. 
Na minha cara.

- Capítulo 15 -

P.O.V Carina

Respirei fundo contando até 10. 
O que eu fiz pra merecer Justin Bieber dormindo no quarto ao lado?
É, essa é uma frase que eu nunca me imaginei dizendo. Nem queria.
Tá, eu poderia pegar uma faca na cozinha e mata-lo enquanto estivesse dormindo. Ou no banho. Morrer pelado deve ser constrangedor, mas eu não gostaria de ver aquela cena...
Ou talvez não seja tão ruim...
Ah Carina, o que tá acontecendo com você, querida? 
Nota mental: Parar de pensar no Bieber de cueca.
Não que eu realmente esteja pensando nele assim. Na verdade, eu não penso nele de maneira nenhuma. Pelo contrario, eu quero mata-lo.
Eu posso asfixia-lo com o travesseiro enquanto ele dorme!
Ou então, quem sabe, cortar o freio do carro dele? Hehehe.
Tá, parem de achar que eu sou maléfica ou doida. Vocês sabem o que ele fez pra mim!
TRÊS PALAVRAS: SEM-CARTEIRA-DE-MOTORISTA!
Ok, um pouco mais de três, whatever... ESTOU COM RAIVA DE MAIS PRA CONTAR E AINDA DE FÉRIAS. FÉRIAS SERVEM PRA NÃO PENSAR EM NÚMEROS!
Vocês provavelmente não sabem, mas uma das razões que meu querido pai me convenceu a mudar pra cá (na verdade, ele não me convenceu porquê a gente ia vir de qualquer jeito) foi DIRIGIR LIVREMENTE! 
Como se eu não fizesse isso desde os treze anos. Ugh.
Eu só não gritei com ele no meio da sala, porquê como Patricia estava lá, ele ia ficar com mais raiva ainda, é.
O que a velha Carina faria? Gritaria com ele ali mesmo, brigaria e se ferrraria. Não conseguiria segurar as lágrimas de raiva e choraria na frente de todo mundo. (Ok, eu to chorando, MAS NINGUÉM TÁ VENDO!) e tentaria conversar na frente de todo mundo e convencer que não era eu que sou a errada. (O que faria todo mundo achar que eu sou uma retardada chorona e mentirosa. Menos o Bieber, que estaria gargalhando por dentro de um sorriso sarcástico.)
O que a nova Carina faria? Ignorar tudo e todo mundo, agindo normalmente até alguém se sentir culpado.
É, por falar em ignorar e agir normalmente, aquela piscina maravilhosa estava ali, cristalina e pronta para uso. Tudo bem que não há sol, o céu está cinza, mas ainda sim o clima está ótimo. Além do mais, qualquer coisa eu posso ligar o aquecedor, que com toda a certeza tem ali. 
E então, logo eu já estava me arrumando para, muito provavelmente, inaugurar a piscina.
Peguei apenas uma toalha e pus um biquíni preto, passei protetor, pequei um óculos de sol, mesmo que não fosse, aparentemente, necessário e um livro que me pareceu bom.
Desci e fui para a parte externa pelos fundos. Dar a volta naquela casa imensa seria muito mais cansativo, e de verdade, eu ACHO que meu pai ganhou na loteria, mas aí eu lembro que ele nem aposta, então...
Porque fala sério, uma espécie de "casa" que ficava perto da piscina devia ser do tamanho da que eu morava no Brasil! Afinal, o que tinha ali?
Não importa, pois quando coloquei meus pés naquela água divina senti necessidade de entrar. Me despi e entrei na água que relaxou meus músculos, não esquecendo de ligar minha playlist onde Good Time, do Owl City feat aquela garota que canta Call Me Maybe começou a tocar.
(...)
Havia ouvido música, nadado, lido e me sentia bem.
Não bem, realmente bem, mas bem a medida do que eu vivo. Ah, deu para entender.

Continuando... eu iria sair dali, mas a curiosidade bateu e eu quis entrar na "pequena" costrução há alguns metros da piscina.
Entrei na casa que estava destrancada e dei de cara com uma Copa/Cozinha, com uma pequena mesa, geladeira idem, e uma bancada com poucos armários e utensílhos de cozinha. Hm. 
Andei mais para frente, ignorando o corredor do lado oposto da pequena cozinha e entrei na primeira porta. Tenho para mim que aquilo deveria ser um vestiário, mas estava mais para um quarto devido as duas camas de solteiro e um armário que estavam ali. Tinha alguns bancos e paredes brancas com decoração impessoal. As outras duas portas estavam trancadas, mas haviam dois banheiros além destas. Dei meia volta e rumei até o pequeno corredor que me levou a um grande espaço que abrigava uma piscina de hidromassagem que estava enchendo, alguns chuveiros e duas outras portas que me pareciam ser saunas. Dei pulos de alegria internamente. Tipo, eu tinha uma hidromassagem, duas saunas e uma piscina maravilhosa em casa! Uau.
Fala sério, uma boa sauna agora iria ser perfeito!
Entrei na primeira porta e o típico cheiro de eucalípto penetrou minhas narinas... é, meu pai é um cara legal... deve ter vindo aqui e ligado tudo pra mim.
Mas cara, já disse que não curto muito sauna seca? Pois é. 
Tomara que ele tenha ligado a outra também né...
Ou não.
Não.
Não. Não. Não.
Quando eu abri a porta da sauna a vapor eles estavam lá. Sim eles. Eu não pude enxergar de primeira por causa de toda aquela "neblina", mas eles também pareceram não notar a minha presença.
Bieber estava atracado com uma ruiva. Estava em cima dela, que se encontrava sentada e eu tenho certeza que se eu não tivesse chegado ali naquela hora, eles não iam ficar só nos amassos. Mesmo que eles já estivessem praticamente se comendo ali.
Aquela cena me deu nojo. Repulsa. E não era só isso. Eu queria bater nela.
Nos dois.
Eu queria machuca-los, porque de alguma forma aquilo me afetara. De alguma forma me machucava. 
Óbviamente não é por que eu ´´gosto´´ dele, mas... porque ontem... ontem era eu beijando seus lábios. Mesmo que falsamente. Era eu.
E eu me sentia mais suja ainda, usada.
Ele tinha namorada, havia me dito ontem quando eles estavam trocando mensagens quando voltávamos andando para casa.

Justin Bieber era pior do que eu pensava.

- O QUE VOCÊ TÁ FAZENDO AQUI? - Bieber perguntou gritou quando se afastou da cadela ruiva e, finalmente, notou minha presença.
- Eu... eu... o que VOCÊ tá fazendo aqui? Com essa vadia? - Ela fez cara de ofendida.
- NÃO É DA SUA CONTA, AGORA VAI EMBORA. - Justin disse.
- EU TENHO TODO O DIREITO DE FICAR ONDE EU QUIZER, AGORA VOCÊ NÃO PODE PROCRIAR EM LUGARES PÚBLICOS. - Disse no mesmo tom.
- O QUE? SE LIGA, GAROTA. VAI EMBORA! 
- NÃO! ESSA CASA TAMBÉM É MINHA.
- ÓTIMO! - Ele disse.
- ÓTIMO!
- OK.
- OK.
- TÁ BOM.
- TÁ BO... DÁ PRA PARAR? - Ele revirou os olhos.
- Você tem certeza que vai ficar aí assistindo isso? - Justin isse enquanto virava pra garota mordendo os lábios. A mesma não havia pronunciado uma única palavra.
- VÃO EMBORA!
- Aquele cara não te chamou pra almoçar ou algo assim? - Disse se referindo a Rodrigo.
- Ele me pediu para que eu chamasse você, pois não te encontrava. Já entendi o porquê. - A ruiva soltou um risinho. Vadia.
- Vamos embora daqui... hm... como é seu nome? - Justin perguntou para a garota. Abri a boca incrédula. Nem o nome dela ele sabia.
- Eve, pode me chamar assim. - Ela disse mordendo os lábios e eu fiquei enjoada até com o timbre de sua voz.
- Hm, vamos então... Eve. Estou vendo que não vamos poder terminar o que começamos. - Bieber disse e me olhou enquanto conduzia a garota para fora da sauna. Quase vomitei ali mesmo.
Me controlei para não ir atrás dos dois e não deixar minha curiosidade tão na cara. Para onde ele iria leva-la? Provavelmente para o quarto, óbvio. Mas meu pai e Patricia estão lá, o que ele diria para eles? Patricia deve gostar da namorada (ou ex) dele, não é? Como ela reagiria?
Dei um tempo para que não parecesse tão suspeito e peguei meus pertences, me enrolando na toalha que estava pendurada num dos ganchos ali. Saí praticamente correndo, e quando cheguei lá, Bieber estava entrando na sala de jantar, onde Patricia e Rodrigo almoçavam calmamente. Não me perguntem o que ele e a ruivinha estavam fazendo antes.
Ele entrou e se sentou sem cumprimentar ninguém, fazendo jesto para que a garota se sentasse também. Na cadeira que eu sentaria. Aquilo me assustou um pouco, você sabe, almoçar com a mãe e uma garota que você não sabe nem o nome não é exatamente o esperadp. Mais uma vez surpreendida pelo Bieber.
- Hm... Boa tarde. - Patricia falou para Justin. - Oh, quem é essa? - Disse apontando para a garota a sua esquerda.
- É... como é seu nome mesmo? - Ele perguntou pra ela. Novamente. Patricia arregalou os olhos, mas qual é; até eu lembrava, e não era eu que estava me atracando com ela!
- Evelyn, Justin. - Ela sorriu sem mostrar os dentes.
- Ah. Pois é. Eve.
- Ahn... você chamou a amiga para almoçar conosco?
- Não é amiga, acabei de conhecer. Mas passo até não conheçe-la... Mas ela é boa. - Os três. Eu, Justin e "Evelyn" (ou como eu prefiro chamar, ruiva de farmácia) reprimimos uma risada. Eu, pela cara de pau do Bieber, e os dois... é, dá pra imaginar. Patricia e meu pai se engasgaram com a comida, mas eu pode ver pela expressão facial de Rodrigo que ele queria rir.
- Como assim Justin? - Patricia perguntou indignada.
- Olha, eu estou com fome. - Falou. - Você prefere esperar eles ficarem quietos e comer, ou subir pra terminar o que começaram, Ella? - Ele se virou pra garota. Espera, não era Evelyn?
- É Eve. - Respondeu meio desconfortável. Para uma possível prostituta (ou quase isso), ela até que tinha um pinguinho de vergonha na cara.
- Dá no mesmo, você entendeu que eu falei com você. - Respondeu banalmente.
- Eu... - Ela ia falar, mas Pattie interrompeu.
- Não acha que está na hora dessa menina ir, Justin?
- Não. Ela é gostosinha. - Abri a boca incrédula, equando levantei a mão para tapa-la, eu bati em alguma coisa que fez todos ali notarem a minha presença na entrada da sala.
- Hm, boa tarde. - Disse e andei normalmente até a mesa como se nada estivesse acontecendo. Eu e meu talento para atuação....
- Ela tem que ir, Justin. Carina tem que almoçar. - Patricia disse sem ao menos me cumprimentar.
- É só mandar colocar mais um prato à mesa. - Ele disse. - Ou melhor... ela não precisa comer aqui. Manda ela ir pro quarto ou sei lá. - Ele disse revirando os olhos.
- Ela tem que ir. - Falou controlando a respiração. - Carmem! Leva esse menina daqui. Mostra a saída para ela. - E logo essa tal Carmem apareceu levando a vadia ruiva, que antes de ir se agachou, colocando os peitos na altura do rosto do Bieber, devo dizer, e tentou dar um beijo nele, que recusou. Agora eu não entendo mais nada mesmo.
Patricia se sentou depressa apoiando os cotovelos na mesa e a palma das mãos no rosto. Olhei para Justin e ele estava com um sorriso no rosto.
Esse garoto é maluco? Ele tinha que estar tipo "Ah não, minha mãe expulsou a garota que eu ia pegar de casa. *carinha triste*" Mas ele tá tipo "Yeah! Minha mãe expulsou a garota que eu ia pegar de casa!".
- Eu já falei e vou repetir. Vocês dois. Terapia. - Patricia falou decidida. Olhei para meu pai com o olhar de quem pede clemência, mas ele apenas devolveu um olhar de "Você que pediu." - Eu já falei com a terapeuta e hoje mesmo vocês podem começar, só vou ver o horário. - Eu e Bieber nos entreolhamos e soltamos um "O QUE?" revoltado simulteneamente.

Almoçamos em silêncio. Eu disse que eles estão nos obrigando a comer todos juntos à mesa? É.
Quando eu terminei meu almoço (que estava divino, mas não precisava dizer isso) passei por meu pai e sussurrei um "Preciso falar com você" baixinho. Ele assentiu e depois de dar as ultimas garfadas na comida e me seguiu. Falaria sobre a questão da carteira de motorista.

- Eu já sei o que você quer, Carina. - Ele disse.
- Sabe? E então?
- Não! Esse é seu castigo e você merece muito mais que isso!
- Você pode fazer tudo, mas não tirar minha autonomia para dirigir!
- Eu realmente não devia ter te ensinado isso tão cedo.
- Fala sério! Dirigir é a minha vida! É onde eu fujo dos problemas, sinto o vento batendo no rosto... é tudo pra mim. Principalmente agora. Principalmente depois de tudo. - Ele bufou. - Tanta gente fumando, bebendo, se drogando e eu querendo só minha habilitação! Ugh.
- Eu vou pensar sobre tudo... vou ver o que eu vou fazer com você. - Ele disse e por mais que eu não mostrasse animação alguma, estava saltitante por dentro. - E se você fizer qualquer besteira, qualquer coisa... Já sabe.
- Rodrigo! - Patricia disse entrando no quarto. - Ah, desculpem... eu estou indo.
- Não há necessidade. Já estou saindo. - Eu disse.
- Ah bom, nesse caso... Eu já falei com a terapeuta. Dona Whindey. Ela tem horário para hoje ás 17:00h. - Bufei.
- Eu não preciso fazer terapia, ainda mais com aquele garoto que eu me recuso a dixer o nome!
- É exatamente por isso que vocês tem que fazer terapia, filha. - Meu pai falou. - Mas á esse horário eu não vou estar em casa... você leva eles, Pattie?
- Não posso! Eu marquei com uma pessoa de editora... Acho que dá para eles irem. Eu passo um sms com o endereço pra você, pode ser Carina?
- Pode sim. - Meu pai respondeu por mim enquanto eu saia dali.


[...]

Enrolada num edredom listrado, vestindo uma pijama bonitinho, segurando uma xícara de chocolate quente e assistindo uma maratona de Two And A Half Men que passava na Warner. Essa era eu. E mesmo que não estivesse frio, eu precisava daquilo.
Enquanto ria de qualquer besteira que Charlie falava quando uma melodia que começara a tocar me pareceu bem mais interssante.
Era tocada no piano, e não me parecia ter saído de um CD.
Ia abaixando o volume da TV enquanto a música, se pudesse ser chamada assim, tocava cada vez mais alto.
Por instinto, eu segui o som. Não era Justin, não vinha do quarto dele. De qualquer forma ele não saberia tocar um instrumento tão lindamente assim, porém nem Patricia nem meu pai estavam em casa.
A medida que subia a escada, a melodia ficava mais alta. 
Não havia nada. Não tinha acompanhamento. Só o som do teclado.




(Coloque para tocar)




Subi um lance de escadas que me levara até o terceiro andar da casa. O som vinha de um cômodo que eu não me lembrava da existência. Empurrei a porta entreaberta me surpreendi com a cena que vi. Era ele.
Justin tocava de olhos fechados como se conhecesse todas aquelas notas de cór. Parecia perturbado, triste.

Parecia ter um coração.
Um coração partido.

Lately I've been thinking
(Ultimamente tenho pensado)
Thinking about what we had
(Pensado sobre o que tivemos)
And I know it was hard, it was all that we knew, yeah
(E sei que foi difícil, e isso era tudo que sabíamos, sim)
Have you been drinking
(Você tem bebido)
To take all the pain away?
(Para aliviar toda essa dor?)
I wish that I could give you what you deserve
(Queria poder te dar o que você merece)

Ele soltou um suspiro e meu coração acelerou;

Cause nothing can ever
(Porque nada nunca)
Ever replace you
(Poderá lhe substituir)
Nothing can make me feel like you do, yeah
(Nada pode me fazer sentir como você faz, sim)
You know there's no one
(Você sabe que não há ninguém)
I can relate to
(Com quem posso me conectar)
I know we won't find a love that's so true
(Sei que não encontraremos um amor tão verdadeiro) 

pois ali eu pude ver que ele sabia amar. E aquilo era uma supresa pra mim. Ele tinha um coração.

There's nothing like us
(Não há nada como nós)
There's nothing like you and me
(Não há nada como você e eu)
Together through the storm 
(Juntos, enfrentando a tempestade)
 There's nothing like us
(Não há nada como nós)
There's nothing like you and me
(Não há nada como você e eu)
Together
(Juntos) 

 Quando ele cantou essa estrofe, duas lágrimas cairam simultâneamente em sua face. E na minha também. As lágrimas que brotavam em seus olhos fechados morriam em sua boca, e meu estado não era muito diferente.

 I gave you everything baby
(Eu te dei tudo, amor)
Well, everything I had to give
(Bem, tudo o que eu podia dar) 
Girl, why would you push me away?
 
(Garota, porque você iria me afastar?) 
Lost in confusion
(Perdido em uma confusão)
Like an illusion
(Como uma ilusão)
 You know I'm used to making your day
(Você sabe que eu costumava fazer você ganhar o dia)

E ele cantava cheio de remorso em sua voz, cheio de dor. E eu podia sentir essa dor. E é o pior sentimento do mundo. Eu não sei ao certo por quê, mas vê-lo nesse estado me fazia sentir mal. Vê-lo chorar, me fazia chorar. E se aquilo doía tanto em mim... Eu tinha medo de como o próprio estaria se sentindo.

 But that is the past now
(Mas isso agora é passado)
We didn't last now
(Terminamos agora)
 I guess that this is meant to be
(Acho que isso é o que deveria ser)
 Tell me, was it worth it?
(Me diz, valeu a pena?)
We were so perfect
(Nós eramos tão perfeitos) 
But baby I just want you to see
(Mas amor eu só quero que você veja)


There's nothing like us
(Não há nada como nós)

E então ele interrompeu a canção porquê já não conseguia conter seus soluços. Meu coração estava partido em mil pedacinhos e eu só precisava vê-lo bem. Eu não sabia nem como, nem porquê eu estava me sentindo assim, mas antes que eu me desse conta do que estava realmente fazendo, eu já estava abraçada a ele. Eu estava abraçada ao garoto que eu mais odiava no mundo.
E aquilo era ótimo.



- Continua -

Esse capítulo ficou ó.......... uma bosta sawfsdfsdfasdf Me desculpam :(

Eu demoro pra postar e ainda posto um capítulo merdinha desse </////3 eu sei, mas não me abandonem tá?
Falta de privacidade + falta de criatividade.












































































































































Eu pretendo postar mais capítulos esses dias tá? Digam o que acharam, o que vocês acham que vai acontecer, críticas, elogios, enfim........ Vocês moram nocoração da mamãe aqui tá? sdois sdsfdgsdfgsdg -n